Segundo o Ministério da Saúde, a Mamografia deve ser realizada a partir dos 50 anos, bianualmente até os 69 anos.
Porém de acordo com a Sociedade Brasileira de Mastologia e outras sociedades internacionais, o exame deve ser realizado anualmente a partir dos 40 anos de idade sem limite de idade para interromper o rastreamento. Algumas diretrizes propõem que o rastreamento seja feito até os 74 anos ou enquanto a mulher estiver com boa saúde ou expectativa de vida de pelo menos 7 anos.
No Brasil, em especial em alguns estados, como no Rio Grande do Sul, há uma alta taxa de diagnóstico de câncer de mama antes dos 50 anos. A mamografia realizada a partir dos 40 anos foi associada com redução de mortalidade em diversos estudos, tornando-se justificável a sua realização a partir dessa idade.
A Organização Mundial de Saúde recomenda que o rastreamento mamográfico deva atingir pelo menos 70% da população-alvo para ver efetivo. Em estudo sobre a cobertura mamográfica no Brasil realizado em 2017, observou-se, que na rede básica de saúde, essa cobertura está muito aquém do esperado. Somente 24,1% das mulheres entre 50 a 69 anos realizaram o exame em 2017. Se fôssemos ampliar a abrangência do estudo para mulheres a partir de 40 anos o cenário seria ainda mais desanimador
Outros exames de imagem da mama estão disponíveis e podem ser complementares à Mamografia, como a Ultrassonografia e a Ressonância Nuclear Magnética. Porém nenhum desses exames substitui o rastreamento mamográfico na população geral. A Mamografia além de detectar nodulações, assimetrias, distorções arquiteturais é o exame padrão-ouro (melhor exame disponível) para avaliação de microcalcificações mamárias. Lesões precursoras, assim como tumores iniciais muitas vezes se apresentam como microcalcificações suspeitas na mamografia. Cerca de 60 a 90% dos carcinomas in situ da mama manifestam-se por microcalcificações.
Observação!
Um questionamento frequente das pacientes é a presença de calcificações no exame mamográfico e o que elas significam. É importante salientar que a maiorias das calcificações mamárias presentes da Mamografia são benignas e não representam risco em potencial. Calcificações de pele, vasculares, “em pipoca”, em bastão, redondas, anelares, tipo casca de ovo são frequentemente encontradas e representam achados benignos (BIRADS 2). Microcalcificações BIRADS 3, 4 ou 5, merecem especial atenção e consulta com especialista (Mastologista).