Apesar de raro, o Câncer de Mama pode acometer o homem, representando 1% de todos os casos de câncer de mama. A idade média no diagnóstico é por volta dos 67 anos, mais elevada quando comparada a das mulheres. O achado mais comum é um nódulo palpável geralmente em região retroareolar. Como é um tumor raro em homens não há nenhum exame de rastreamento, sendo o diagnóstico geralmente feito pelo próprio paciente ao palpar uma nodulação. A investigação é realizada através de Mamografia diagnóstica e no caso de lesão suspeita é realizada biópsia por agulha, na maioria das vezes guiada por ultrassonografia. Uma vez diagnosticada neoplasia maligna em homens, está indicada a avaliação genética de mutação patogênica no gene BRCA. A alteração no gene BRCA2 está associada ao câncer hereditário e encontra-se presente em torno de 15% dos casos de câncer de mama no sexo masculino.
O tratamento envolve abordagem multidisciplinar e segue os mesmos preceitos para o tratamento do câncer de mama em mulheres. Geralmente, no tratamento cirúrgico do câncer de mama masculino, tem-se como primeira escolha, a mastectomia. Porém a cirurgia conservadora pode ser realizada com a obtenção de margens livres e complementação com radioterapia. Os critérios de radioterapia, quimioterapia (adjuvante – após a cirurgia – e neoadjuvante – antes da cirurgia) e hormonioterapia seguem os mesmos princípios para o câncer feminino, assim como os fatores prognósticos são semelhantes e dependentes do estádio tumoral e do tipo da neoplasia.