Também chamada de Mastite Granulomatosa Idiopática, é uma doença crônica benigna da mama de origem desconhecida. Nela observa-se um processo inflamatório em torno do tecido glandular, sem a presença de infecção específica, trauma ou corpo estranho. Em geral ocorre em mulheres entre 20 e 50 anos de idade.
Sua importância deve-se ao fato de, muitas vezes, ser confundida com o câncer de mama, na sua forma de apresentação, principalmente quando associada a uma massa firme ou quando apresenta retração do mamilo. Também se caracteriza por seu difícil tratamento. Usualmente mantém a paciente sob cuidados médicos por longos períodos, com taxas altas de retorno da doença – de 16 a 50%.
Ainda não sabemos qual a origem da mastite granulomatosa. Sugere-se que seja um processo autoimune, ou seja, as células de defesa do nosso organismo reagem contra as células mamárias, ocasionando o processo inflamatório crônico.
Apresenta-se na forma de áreas endurecidas irregulares na mama, com formação de massas dolorosas e pequenos espaços internos de pus (pequenos abscessos), com áreas de ulceração (feridas) e, muitas vezes, com fístulas e com retração do mamilo. Geralmente acomete somente uma das mamas.
Para diferenciá-la de um possível diagnóstico de câncer, geralmente solicita-se biópsia.
Comumente leva de 9 – 12 meses para resolução espontânea, não havendo consenso em relação ao tratamento. Quando associada à infecção, usualmente realiza-se drenagem, com saída de pequena quantidade de pus e administram-se antibióticos. A retirada cirúrgica geralmente não é recomendada por não apresentar bons resultados, podendo causar ainda mais deformidade na mama. As medicações mais utilizadas são imunossupressores, como os corticoesteróides (Prednisona) e o Metrotrexato. A resposta ao tratamento é variável, sendo que, muitas vezes, a descontinuação das medicações costuma reativar o processo inflamatório. Dessa forma, geralmente o tratamento é prolongado e realizado até o controle da doença.