Mastologia Especializada

As cirurgias redutoras de risco podem ser realizadas em pacientes com alto risco para o câncer de mama, em especial para portadoras de mutações genéticas associadas ao câncer de mama, destacando-se as mutações nos genes BRCA 1 e 2. A cirurgia deve ser discutida e individualizada em pacientes com lesões precursoras (hiperplasia ductal atípica, hiperplasia lobular atípica, carcinoma lobular in situ) e em pacientes de risco elevado porém sem mutação genética, as quais podem se beneficiar da quimioprevenção (uso de tamoxifeno, raloxifeno ou inibidor da aromatase).

Em pacientes com mutações nos genes BRCA 1 e BRCA 2, além da realização da mastectomia idealmente entre 25 e 40 anos, há também indicação de realização de salpingooforectomia bilateral (retirada das trompas e dos ovários) geralmente após 35-40 anos devido ao aumento do risco de desenvolver câncer nesses órgãos.

As cirurgias redutoras de risco podem ser realizadas em pacientes sem antecedente pessoal de câncer de mama e também naquelas com história de câncer de mama/ovário para prevenção de novo tumor, devendo-se levar em conta o estadiamento da doença (extensão da doença).

O tipo de reconstrução mais utilizado é com próteses definitivas ou expansoras, reservando os retalhos miocutâneos para casos individualizados.

As incisões geralmente utilizadas para realização de cirurgias redutoras de risco, encontram-se desenhadas abaixo. A cirurgia consiste na retirada da glândula mamária bilateralmente com preservação da pele e do complexo areolomamilar (aréola e bico do seio).

Incisões realizadas: